Ela acaba de realizar uma performance no Brazil Conference, em Harvard, mostrando a diversidade indígena brasileira
Nesse mês de abril, que se comemora os povos indígenas, Karina Duarte, indígena do povo Puri, atriz e transformadora social, quer mostrar o óbvio, mas ainda pouco percebido pela sociedade: o poder dos povos originários. “Eu sou do povo Puri, um povo que deram como extintos porque sempre quiseram nos dar como mortos, mas resistimos! Estou nesta luta pra jamais deixar apagar os meus ancestrais”, afirma Karina.
Segundo Karina, quando criança não se via representada em comerciais, novelas e até mesmo no mercado de trabalho. Por isso, a sua luta é fazer com que as crianças de todos os povos indígenas não passem pela mesma dor. “Precisamos quebrar barreiras e mostrar nossa força. Somos médicos, professores, atores, diretores e empresários. Já ocupamos todos os espaços”, explica.
Toda essa força foi mostrada na 10ª edição do evento Brazil Conference, que acontece anualmente na Faculdade de Harvard (EUA). Nesse encontro, Karina apresentou sua performance “Ghaima Thamathin” (Estamos Vivos, na língua Puri) para políticos, pesquisadores, estudantes e celebridades brasileiras, que como ela, compartilharam suas vivências e suas ações de impacto social. Aplaudida em pé pelos presentes, Karina mostrou a diversidade indígena brasileira e sua trajetória pelos projetos sociais, que começou há nove anos com o Instituto Arte Salva.
Com o objetivo de mostrar cada vez mais sua cultura, Karina criou o Arte Salva Conexões uma empresa social que busca ampliar e propagar a diversidade do Indígena Brasileiro no mercado de trabalho, nos meios de comunicação, e todas as produções e narrativas através da facilitação, conexão e comunicação entre Institutos, empresas e marcas com profissionais indígenas. Como fez com o primeiro grupo rap indígena do Brasil Brô MCs e Eunice Baía (atriz que fez a personagem Tainá no cinema).
Assim ela já conecta todas as formas de arte e apresenta talentos para o mundo. Hoje, Karina é atriz e tem o talento nato para se comunicar, faz conexões, curadoria e relações públicas, funções que ajudam a introduzir outros profissionais no meio cultural.
Recentemente ela participou do “Especial Falas da Terra”, na TV Globo, que passa por experimentos sociais e promove uma reflexão sobre os estereótipos e a cultura indígena na sociedade, provocando uma aproximação do espectador com a causa indígena.