Dia Mundial da Espinha Bífida e Hidrocefalia

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O Dia Mundial da Espinha Bífida é comemorado no dia 25 de outubro

A espinha bífida é uma malformação congênita da coluna vertebral que ocorre quando o tubo neural não se fecha corretamente durante a gestação. Pode ser oculta, assintomática, ou apresentar diferentes graus de exposição das meninges, medula e raízes nervosas. A forma mais grave de espinha bífida é a Mielomeningocele.

A espinha bífida pode causar problemas de longo prazo, como paralisia parcial ou completa, disfunções intestinais, gênito-urinárias e ortopédicas. No entanto, com acompanhamento médico e cuidados específicos, é possível que crianças e adolescentes tenham uma boa qualidade de vida. 

Para reduzir o risco de nascimentos com espinha bífida, é importante que as gestantes façam suplementação com ácido fólico e consumam alimentos ricos em vitamina B9. O diagnóstico precoce é fundamental e pode ser feito por meio de exame pré-natal ou ultrassom. 

Já a A hidrocefalia é uma condição que ocorre quando há um acúmulo excessivo de líquido cefalorraquidiano (LCR) no cérebro, o que pode causar o alargamento dos ventrículos cerebrais e aumentar a pressão intracraniana. Pode estar presente na mielomeningocele, havendo a necessidade de cirurgia para implantação de uma válvula com o intuito de drenar o excesso do líquido produzido e, assim controlar a hidrocefalia.

Campo Grande

 A Lei Municipal 9.346/19, de autoria do vereador Carlos Augusto Borges, o Carlão, busca informar quanto a necessidade de um diagnóstico precoce e acesso a tratamento especializado.

Cynthia Lescreck, residente na capital e mãe do Matheus Henrique, de 6 anos, nascido com Lipomielomeningocele (um dos tipos de espinha bífida) fala sobre a importância de divulgar essa malformação para iniciar o tratamento preventivo e a sua descoberta precoce, na gestação. O exame capaz de identificar a malformação é a ultrassonografia morfológica. Durante o pré-natal, é necessário que o obstetra faça a solicitação. Dependendo do tempo de gestação (antes das 27ª semanas), é possível realizar uma cirurgia intrauterina para correção da malformação. A gestante deve procurar orientação médica para verificar a possibilidade.

“Essa cirurgia tem sido a melhor escolha para o tratamento da Mielomeningocele, pois reduz consideravelmente as sequelas da malformação”, esclarece. Caso seja diagnosticada após às 27 semanas, a gestante deve buscar ajuda especializada e, além do obstetra, ter o acompanhamento de um neurocirurgião pediátrico para que seja realizada a cirurgia de correção nas primeiras horas de vida do bebê, caso necessário.

As sequelas dependem muito da localização e extensão da lesão, podendo ser leves ou mais graves. Exemplos: bexiga neurogênica, intestino neurogênico, hidrocefalia, pé torto congênito, síndrome de Arnold Chiari II, alterações motoras, entre outros.

“É necessário acompanhamento de vários especialistas durante toda a vida”, explica Cynthia, que é uma das representantes da ABRASSE (Associação Brasileira de Espinha Bífida) em Campo Grande.

A ABRASSE tem sede em Curitiba, sob a presidência de Paulo Cechin.

Para saber mais sobre o grupo é possível entrar em contato com Cynthia pelo whatsapp (67) 99139-5335.

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