Cada vez mais, médicos têm recomendado uma dieta balanceada e uma mudança de hábitos como aliados no tratamento de diversos quadros clínicos. Essas alternativas, além de vantajosas para o paciente por serem mais baratas do que tratamentos feitos apenas à base de remédios, também são saídas mais naturais e por vezes mais saudáveis.
Por isso, recebemos a nutróloga Dra. Ana Luísa Vilela no Você Bonita, onde ela tirou dúvidas e apontou quais doenças podem ser tratadas com uma mudança de hábitos e quais são as melhores dietas para cada caso. Confira os destaques:
Hipertensão
De acordo com a especialista, a melhora no quadro de hipertensão está relacionada a uma alimentação mais balanceada quanto a quantidade de sal. Por isso, a maior recomendação é não salgar os alimentos além do seu sabor natural sempre que possível. No entanto, caso você tenha apenas uma tendência e esteja tentando diminuir o consumo, a dica é não salgar os alimentos enquanto os cozinha e colocar apenas 1 medida de sal* depois que já estão prontos para o consumo. (*Dado importante: a doutora sugere considerar 1 medida de sal o equivalente a uma colherzinha pequena ou uma tampinha de caneta azul).
Síndrome de Ovários Policísticos
A obesidade pode ser um fator muito relacionado a esta síndrome, conhecida popularmente como ‘SOP’. Por isso, uma dieta regrada e supervisionada por um nutricionista direcionada à perda de peso, neste caso específico, está relacionada a uma melhora gradual deste quadro. Entretanto, cuidado: não é possível tratar apenas com alimentação, já que os remédios são um acompanhamento essencial neste caso.
Pré-diabetes
Essa é a doença que, de acordo com a nutróloga, pode e deve ser tratada com o auxílio de uma boa dieta. Quando o paciente ainda tem uma produção razoável de insulina, uma mudança de hábitos direcionada por médicos e nutricionistas definitivamente ajuda e pode até solucionar o problema em alguns casos. No caso de pacientes em que a diabetes já se desenvolveu ou se encontra na etapa de pré-insulina, é bem provável que o uso de medicamentos como parte do tratamento também seja necessário.
Osteoporose
É outro exemplo onde a alimentação ajuda e muito. O consumo regular de leite e alimentos ricos em vitamina D entram no tratamento por contribuírem muito na absorção de cálcio, e os efeitos são intensificados com o acompanhamento de hormônios receitados pelo médico especialista. Ou seja: caso você enfrente esse problema e não tenha esse tipo de direcionamento ainda, consulte um nutricionista.
Enxaqueca e alergias
Alergias alimentares e enxaquecas relacionadas à alimentação têm causas parecidas e podem ser tratadas com uma dieta que exclua os alimentos que geram o estopim da reação. Para isso, o adequado é se consultar com um médico neurologista ou um alergista para identificar, justamente, quais são esses alimentos acidentalmente prejudiciais. Uma vez que a enxaqueca já está instaurada, por exemplo, há apenas maneiras de diminuir as crises e a intensidade da dor. Assim, é muito importante indicar quais são os alimentos que geram os primeiros sintomas através de testes e exames.
Anemia
Assim como na diabetes, diferentes razões causam diferentes tipos de anemia, que vão desde fatores genéticos até uma deficiência de ferro intensa. Neste segundo caso, a doutora recomenda alimentos ricos em ferro, já que são um ótimo caminho para o tratamento.
Por último e não menos importante, lembre-se de nunca começar um tratamento de saúde por conta própria e de sempre consultar um médico que faça uma avaliação individual do seu caso, combinado?