O nome da cantora Priscilla Alcantara foi muito comentado nos últimos dias depois que ela rebateu a fala da cantora gospel Bruna Karla criticando pessoas LGBTQIA+.
Bruna Karla se recusou a cantar no casamento de um amigo homosseuxual, o que revoltou muitas pessoas nas redes sociais, entre elas, Priscilla, que também já foi cantora gospel. Em entrevista ao “PocCast”, a ex-apresentadora do ‘Bom dia e Cia’ disse que a atitude da colega de profissão era lamentável.
“É muito triste, é podre. É errado em muitos níveis. Cara, toda vez que eu for abrir a boca, a minha preocupação não deve ser emitir a minha opinião. Primeiro que opinião não foi feita para ser dada, ela foi feita para ter. Você só dá a sua quando te pedem”, disse a Lucas Guedez e Rafa Uccman.
Priscilla Alcantara começou a ficar conhecida em 2005, com a apresentação do “Bom Dia & Cia” (SBT). Em 2014, ela já estava conhecida no cenário musical e passou a consolidar sua carreira no gospel.
Sua música “Espírito Santo” superou as 20 milhões de visualizações no YouTube e lhe rendeu o Troféu de Ouro como “Melhor Música Gospel do Ano”.
Em 2021, a artista mudou para o mundo pop. No entanto, durante o programa ‘Saia da Caixa’, do Canal UOL, ela disse que não gosta de ser rotulada como “cantora gospel”: “Para mim, é sobre um rótulo, e a vida é muito mais que um rótulo. A vida é sobre quem você é dentro”.
“Eu poderia falar pra você: ‘Ahh, eu sou uma cantora gospel’ e por dentro ser podre e não refletir nada de Jesus. O que importa é quando eu estiver cantando ou A ou B, o meu caráter continuar refletindo o caráter de Cristo”, finalizou, justificando que pode permear por diversos estilos musicais sem perder sua essência cristã.
MUDANÇA PARA O POP
Em seu Instagram, Priscilla ainda disse que a mudança para o pop vinha acompanhada da necessidade de falar com todos os públicos depois de ter se conectado com Deus. “Já faz um tempo que minha estrada me traz aqui, que busca uma maneira diferente de expressar minha voz como artista”, começou.
“Eu quero falar com gente, eu quero falar com todos, mas primeiro era importante falar com Ele. Com Ele já falei, já deu tudo certo. Chegou a hora de dar esse passo. O primeiro de um novo caminho. Nem melhor, nem pior. Apenas diferente. É aqui onde me sinto livre”, finalizou.
De acordo com a cantora, o fato da igreja a impedir de fazer muita coisa fez com que houvesse um processo de “drenagem”. Isso, junto com sua busca por dialogar com mais públicos e seguir com sua missão de “servir ao próximo”, fez com que ela mudasse de gênero musical.
Em entrevista ao podcast Vênus, ela opinou: “Eu acho que a religião propõe muitas coisas, boas e ruins. Como o meu maior objetivo é me relacionar com pessoas e tornar a minha mensagem que eu carrego compreensível e acessível, eu drenei tudo que a minha religião me impedia de conectar ou me afastava dele de alguma forma”.
“Eu sei que a religião e os próprios cristãos erravam a mão no tratar com as pessoas da comunidade LGBTQIA+. Então, eu sei qual é a minha posição nessa história toda, que é uma posição de servir ao próximo. Amar e garantir que ele vai ter o direito de viver a vida dele com dignidade”, seguiu.
Priscilla finalizou dizendo: “O meu objetivo é usar a minha plataforma e minha voz para isso e tornar a mensagem do amor de Deus acessível para todo mundo. Eu fico muito feliz de poder conversar e dialogar com todo tipo de gente. É o que Jesus promovia”.