No dia 26 de agosto completou um ano desde que o corpo de Valdenei Lopes Souza Junior, de 28 anos, foi encontrado no córrego da Avenida Ernesto Geisel. A polícia acredita que o pastor possa ter caído sozinho no local ou que tenha sido empurrado, sendo mais provável a primeira situação.
Desde que o corpo de Valdenei foi encontrado, várias testemunhas foram ouvidas sobre o caso. Foi assim que a família do pastor ficou sabendo que ele era usuário de drogas, fazia uso de pasta base de cocaína. O local onde o corpo estava, inclusive, é frequentado por usuários, conforme informações obtidas pelo Jornal Midiamax.
A princípio, a possibilidade é de que o pastor tenha caído no córrego ou que outro usuário o tenha empurrado. No corpo de Valdenei não foi identificada marca de violência, diminuindo uma possibilidade de homicídio.
Ao Midiamax, a mãe de Valdenei relatou que desacredita da versão que o filho era usuário de drogas. Ele vivia com a família e também frequentava a igreja. “Não sabem a dor de perder um filho e não ter resposta do que aconteceu”, lamentou.
Família acreditava em tortura
Pouco tempo após Valdenei ser encontrado, a família chegou a relatar que acreditava em tortura, morte e que o corpo tinha sido desovado no córrego. Segundo a viúva, aquela havia sido a primeira vez que o marido foi para a igreja sozinho, na noite em que desapareceu, em 23 de agosto de 2021. Ele costumava ir com o carro emprestado da mãe ou acompanhado da filha do casal, de apenas 5 anos.
A esposa rastreou o celular de Valdenei após o desaparecimento e afirmou que o último lugar indicado pelo e-mail cadastrado no aparelho era no Bairro Aero Rancho. Entre denúncias falsas, a mãe de Valdenei, de 61 anos, acordou na madrugada de quarta-feira (25) com uma ligação que considerou no mínimo estranha.
“Recebíamos muitas mensagens dizendo que ele estava na rodoviária desorientado, no Bairro Dom Antônio Barbosa, e uma outra de um número privado onde passaram um endereço na Vila Nhanhá da mãe de um rapaz que estava com meu filho, no Bairro Aero Rancho”, relata.
Sobrinha de Valdenei, de 18 anos, era quem cuidava do aparelho celular e desconfiou a segurança no tom de voz da denúncia anônima. “Ele falava com muita convicção e ela acordou assustada, então ele disse ‘calma, tenho todo o tempo do mundo para passar o endereço para a senhora’”. Desconfiados, eles acionaram a polícia, mas, segundo a família, o suspeito foi descartado.
Pastor desapareceu após sair para ir à igreja
O pastor sumiu quando foi até a igreja, que fica a uma distância aproximada de um quilômetro. Quando desapareceu, Valdenei estava com uma camisa do São Paulo Futebol Clube e uma calça jogger preta. “Tinha oração na igreja, ele saiu e logo depois minha cunhada chegou do trabalho”, disse a irmã de Valdenei que mora vizinha ao irmão.
Como Valdenei demorou para retornar da igreja, a cunhada enviou mensagem, tentou ligar, mas o celular estava desligado. Ela então ligou para os membros da igreja já no final da noite desta segunda e foi informada que o rapaz não havia ido ao culto.
Fonte: midiamax