Dar continuidade e ampliar a política de valorização dos servidores, efetivada com a implementação dos planos de cargos e salários das diferentes categorias do funcionalismo, investimento em capacitação, é segundo a prefeita de Campo Grande Adriane Lopes, a melhor forma de homenagear o funcionalismo público neste 28 de outubro, Dia do Servidor. São 27 mil servidores municipais que diariamente têm a missão de atender à população, prestar serviços em diferentes áreas, trabalhar no planejamento da cidade e garantir o funcionamento da máquina pública.
A Prefeita lembra que nos últimos seis anos foram restruturados e estão em implementação vários planos de Cargos e Salários, incluindo os dos profissionais da Assistência Social; médicos e odontólogos; saúde; guarda civil metropolitana; auditoria municipal de saúde; enfermagem; médicos e odontólogos; veterinários; profissionais de carreira; fiscais de transporte e trânsito; técnicos especializados em saúde; auditoria de cadastro e urbanismo; engenheiros/arquitetos e tecnólogos da área de engenharia e do Instituto Municipal de Previdência.
Foi iniciado o processo de enquadramento dos 621 servidores de nível superior da referência 14-NB, que passam a ser Gestores de Estratégia Organizacional. Em janeiro do ano que vem tomam posse os 273 guardas civis metropolitanos aprovados no último concurso.
Histórias de vida – Nada melhor que o testemunho de vida de alguns servidores para demonstrar como para muita gente trabalhar no serviço público não é só uma opção profissional, mas é real expressão prática de um projeto de vida. Um exemplo que se encaixa nesta perspectiva, é o da psicóloga Cleonice Camillo Bugart da Silva, 63 anos. Há 38 anos ela é servidora pública e continua apaixonada pela habitação, área na qual atua.
“Comecei como contratada, gostei tanto que fiz o concurso. Iniciei na regularização fundiária, visitando, conversando e fazendo o cadastro da população. Eram tantas idas e vindas que nos tornamos até amigos das famílias e é isso que eu gosto do meu trabalho, poder identificar as necessidades, conhecer como vivem as pessoas e como podemos ajudá-las”, relata Cleonice, que trabalha na Amasf. A servidora que hoje atua na regularização urbana já tem tempo de contribuição para se aposentar, mas está fora dos seus planos ir pra casa porque acredita ter muito a contribuir na sua área . “Eu amo o que eu faço e não pretendo parar tão cedo”, comenta.
Rodeado de crianças, Lúcio Barbosa Neto, 31 anos, é professor de Educação Física na Escola Municipal Professor João Candido de Souza. Concursado em 2018, trabalhou por 5 anos como contratado no Programa Movimenta Campo Grande. Hoje na Rede Municipal de Ensino, trabalha com crianças e adolescentes com a orientação de brincadeiras lúdicas e recreativas.
“Eu tive o privilégio de vir dar aula aqui no Jardim Anache, um desafio grande, já que não tinha experiência de como era trabalhar numa escola”. Hoje não tem duvida: “É muito bom, a criança lhe dá um feedback imediato. Conseguimos saber como o nosso trabalho está fazendo efeito no desenvolvimento deles”, conta.
Atuando na segurança pública, Ana Paula Barreto Cardoso, 34 anos, está há quase 13 na Guarda Civil Metropolitana. “Eu entrei na CGM com 22 anos. Cresci muito profissionalmente, fui me qualificando e acompanhando a evolução da Guarda. A população passou a exigir mais da nossa atuação e, com isso, nos últimos anos, a Prefeitura investiu significativamente no efetivo com treinamentos, implantou o plano de cargos e carreiras, além de ampliar e melhorar os equipamentos da corporação”, elogiou a guarda civil.
Ana Paula destacou também os desafios dos servidores no período da pandemia. “Atuamos muito na prevenção, na comunicação aos lojistas e consumidores para o uso da máscara, da importância de se cuidarem e seguirem os protocolos. Trabalhamos também junto às outras secretarias no atendimento aos moradores de rua – um desafio enorme e de muitos aprendizados”, comentou ela, que guarda na memória diversos momentos gratificantes.
Tem também a médica Bianca Ramos de Jesus Wimmer. Atendendo cerca de 40 pacientes por dia na UPA Portal Caiobá, a médica com especialidade em ortopedia, há 10 anos trocou o consultório particular pelo trabalho na estratégia de saúde da família.
“É um privilégio poder levar alívio a dor do paciente, ajudar o próximo. Eu direcionei a minha vida para estar aqui, e este é meu plano A. A vida é efêmera e não podemos fugir da nossa essência natural, daquilo que realmente nos faz felizes. E eu escolhi fazer no meu dia a dia o que me traz paixão e o que me faz plenamente realizada que é estar aqui, e atender todos os dias bem, assim como eu gostaria de ser tratada”.
Na Central de Atendimento ao Cidadão, Genivalda Pereira Ferreira, 61 anos, dedica o tempo a ajudar servidores e contribuintes. Com 18 anos de Prefeitura, ela já passou pelo atendimento ao público, atuou nos setores de protocolo, achados e perdidos, organizando processos, e agora está na assessoria auxiliando na gerência administrativa e a de atendimento.
“Eu me sinto realizada em ajudar o próximo, conversar e tentar resolver o problema deles. Eu sou uma facilitadora do serviço. Gosto muito do que faço, venho trabalhar feliz, me dou bem com todos os colegas que hoje se tornaram amigos e atendo com satisfação os servidores e os contribuintes”, conta ela, que também já foi professora da Reme. Nascida em SP, Genivalda escolheu Campo Grande para viver. “Eu já tenho tempo de contribuição para me aposentar, mas ainda me sinto disposta e quero continuar na ativa, pois servir a população da cidade que escolhi para viver faz parte da minha felicidade”.