Uma das grandes dificuldades que os gerentes e diretores das organizações encontram no cotidiano do trabalho refere-se à realização do processo demissional dos colaboradores, há, via de regra, um clima de constrangimento em relação a este assunto, que, deve ser visto enquanto o encerramento de um ciclo, um processo natural e que deve ser gerido de forma equilibrada, serena e responsável.
O término de um vínculo entre o profissional e a organização pode se dar tanto por iniciativa de uma parte quanto de outra e, dentre as motivações pode se considerar por exemplo, a falta de adaptação do mesmo à instituição, desempenho insatisfatório, necessidade financeira da organização, redefinição de atribuições da unidade de trabalho, interesse do colaborador por outra instituição, etc.
Muito importante, no entanto é que todo o processo de desligamento de um colaborador aconteça de uma forma estruturada, seguindo o que preconiza a legislação vigente, e que tenha transparência, a fim de se evitar o surgimento de comentários que possam, de certa forma, abalar o clima organizacional na instituição. Interessante também que se tenha a realização de uma entrevista de demissão onde, na oportunidade podem ser identificados fatores que, eventualmente possam ser considerados relevantes e objeto de redirecionamento na política de gestão de pessoas da organização.
Em última análise, há que se ter em mente que uma demissão costuma ter um caráter pessoal e até emocional por parte do demitido e, portanto, é fundamental que não pairem dúvidas e que se façam todos os esclarecimentos necessários em relação ao fato, de modo que não se dê margem para o surgimento de conflitos.
Marco Aurélio B D ‘Oliveira.
Profissional de Recursos Humanos