NOVA YORK – “Negócios ou lazer?” Essa é uma pergunta antiga para os passageiros das companhias aéreas. Hoje em dia, a resposta cada vez mais é: “ambos”.
As chamadas viagens “bleisure”, que misturam escapadelas pessoais com o trabalho remoto, cresceram muito na pandemia e ajudaram a preencher assentos em aviões que até agora não voltaram a ser ocupados por executivos a trabalho no mesmo patamar anterior ao coronavírus.
O termo é uma mistura das palavras inglesas business (negócios) e leisure (lazer). Marca uma mudança nos padrões de viagem para um setor que tinha claras divisões entre os guerreiros das viagens a trabalho, que carregam maletas, e turistas bronzeados e suas mochilas.
A disseminação da variante Ômicron atrasou o retorno aos escritórios, especialmente entre as grandes empresas.
Cada vez mais gente viaja para espairecer, mas também trabalhar remotamente. E há quem tenha que viajar a trabalho e aproveite para uma escapadinha depois de tanto tempo em casa forçadamente.
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A parcela de viagens de negócios que incluem um fim de semana aumentou 23 pontos percentuais para 38% desde 2019, de acordo com o gerente de viagens corporativas TripActions Inc.
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Tecnologia permite trabalhar de qualquer lugar
“Muitos de nossos clientes, que historicamente chamamos de viajantes a lazer, na verdade estão voando por motivos que vão além das férias”, disse o presidente do American Airlines Group Inc., Robert Isom, em uma teleconferência na quinta-feira.
“Eles podem viajar para uma praia ou um destino de montanha, mas na verdade vão trabalhar remotamente durante a semana. As linhas entre lazer e viagens de negócios são definitivamente borradas.”
Fonte: O Globo