Francisco de Assis Sampaio, conhecido como ‘Dida Sampaio’, teve um Acidente Vascular Cerebral (AVC) em 10 de fevereiro. Ele estava internado em um hospital particular de Brasília e morreu nesta sexta-feira (25).
Morreu, nesta sexta-feira (25), no Distrito Federal, o fotojornalista Francisco de Assis Sampaio, conhecido como Dida Sampaio, de 53 anos. Dida, que trabalhava no jornal O Estado de São Paulo – o ‘Estadão’ – teve um Acidente Vascular Cerebral (AVC) no dia 10 de fevereiro e estava internado em um hospital particular de Brasília.
Amigos e colegas lamentaram a morte. Para a diretora da sucursal de Brasília do Estadão, Andreza Matais, “morre um pouco da grande reportagem”.
Wanderley Pozzebom, diretor do Sindicato dos Jornalistas, conta que ele e Dida começaram a trabalhar juntos no Jornal de Brasília (JBr), na década de 1980, onde Dida iniciou a carreira como laboratorista.
“Dida era um profissional exemplar, dedicado e com muito compromisso com o jornalismo e com a família dele. Ele entendia de política de forma excepcional e prestava um serviço maravilhoso ao jornalismo e ao Brasil. As imagens do Dida entraram para a história”, diz Pozzebom.
‘Perda inestimável’
Atualmente, Dida trabalhava no jornal O Estado de S.Paulo (SP). Além do JBr, ele também foi fotógrafo do Correio Braziliense e está entre os fotojornalistas mais premiados do Brasil.
Apenas em um ano, em 2015, Dida ganhou o Prêmio Esso de Jornalismo, na categoria Regional Sudeste, o Vladimir Herzog e o Direitos Humanos de Jornalismo, Esso de Fotografia e o Estadão de Jornalismo pela foto Lava Jato Planalto. Também participou de inúmeras exposições no Brasil e no exterior.
Várias fotografias e ensinamentos sobre a profissão constam no livro publicado em 2016 ‘Máquina de Acelerar o Tempo: Conversas sobre Fotojornalismo Contemporâneo’, de Alan Marques.
Apesar disso, colegas de trabalho contam que Dida tinha a humildade como marca registrada e costumava ajudar repórteres e fotojornalistas iniciantes na coberturas do Congresso Nacional. Em uma das postagem no Twitter, ele deixou uma lição: “O protagonismo tem que ser da foto e não do fotógrafo”.
“Tem uma coisa do Dida que era inquestionável: ele era uma das pessoas mais apaixonadas pelo que fazia. Tinha uma entrega absoluta, uma coisa de paixão. Ele sempre buscava trazer a melhor foto e sempre conseguia. É uma perda inestimável de um amigo, é uma perda que a gente não consegue descrever. O Dida vai fazer uma falta imensa e deixar muita saudade”, lamenta o amigo e repórter André Borges.