Guerra na Ucrânia: jogadores brasileiros que atuavam no país chegam ao Brasil após dias de incerteza

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Desde antes da guerra na Ucrânia, jogadores que atuavam no país viviam momentos de incerteza. A pré-temporada não foi disputada em solo ucraniano – já por causa da tensão com a Rússia -, mas sim na Turquia. Três dias após o fim da primeira etapa do campeonato, os profissionais desembarcaram na Ucrânia. Nesse momento se depararam com a escalada dos conflitos armados entre Ucrânia e Rússia.

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O dia 25 de fevereiro foi fatídico para que o grupo buscasse ajuda para sair da Ucrânia. Cerca de 12 jogadores brasileiros, incluindo o sul-mato-grossense Ismaily Gonçalves dos Santos, iniciaram as tentativas de sair do país. Após cinco dias de muita tensão, incerteza, medo e sentimentos aflorados o grupo de jogadores conseguiu chegar ao Brasil.

A saída de Ismaily e dos outros integrantes do grupo foi longa.

Sexta-feira (25): o jogador fez uma viajem de trem, de 17 hora, de Kiev para o oeste da Ucrânia;

Sábado (26): Ismaily e o grupo com outros 11 jogadores conseguiu atravessar a fronteira para Romênia;

Domingo (27): da Romênia o grupo foi para Paris, na França;

Segunda (28): de Paris, Ismaily e os companheiros que fugiam da Guerra na Ucrânia saíram rumo a São Paulo;

Terça (1º): o jogador sul-mato-grossense pode sentir o abraço quente da mãe e dos dois filhos, já no Aeroporto Internacional de Campo Grande.

Já em Mato Grosso do Sul, Ismaily diz só querer descansar ao lado da família. O primeiro abraço de Ismaily, em Mato Grosso do Sul, foi compartilhado. Filhos e mãe receberam o jogador de braços abertos.

Já em Mato Grosso do Sul, jogador quer descansar ao lado da família. — Foto: Redes sociais/Reprodução

Já em Mato Grosso do Sul, jogador quer descansar ao lado da família. — Foto: Redes sociais/Reprodução

Em Mato Grosso do Sul, o almoço de Ismaily foi tranquilo. A mãe do jogador, Pacélia Gonçalves, disse que preparou um baquete: “um churrasquinho com mandioca, uma maionese, já almoçamos, vamos descansar um pouco […] Agora a gente vai ouvir as histórias deles, como que foi lá na Ucrânia”.

Ismaily dividia os campos com outros jogadores do Shakhtar Donetsk, time do leste da Ucrânia. Marcos Antônio, natural da Bahia, também chegou ao Brasil e foi recepcionado pela família. Em uma postagem nas redes sociais, o jogador agradeceu pela vida e oportunidade de retornar ao país de origem.

Postagem foi compartilhada nas redes sociais de diversos jogadores.  — Foto: Redes sociais/Reprodução

Postagem foi compartilhada nas redes sociais de diversos jogadores. — Foto: Redes sociais/Reprodução

A energia emanada por outras pessoas foi primordial para dar força ao caminho até o Brasil, relata o jogador baiano.

“Agradeço de coração a todos que me mandaram mensagens de força. Foi gratificante receber cada mensagem de solidariedade e de que tudo daria certo. Foram momentos difíceis, dias tristes e de muita incerteza do que aconteceria. Buscamos a todo momento uma solução, uma saída”, detalha em uma postagem nas redes sociais.

Marcos contou em detalhes os momentos sofridos ao longo da jornada para sair da Ucrânia. “O medo e o terror quase nos dominaram, mas sempre acreditamos que sairíamos ilesos de lá”, disse.

Ao fim da postagem, o jogador agradeceu: “obrigado a todos que oraram por nós. Agora é o momento de continuar orando para que tudo termine o mais rápido. Continuar orando pela nação ucraniana”.

Sexto dia de conflitos

O ataque, no sexto dia da invasão da Ucrânia por tropas russas, “atingiu” equipamentos da torre, relatou o ministério, acrescentando que “os canais não vão funcionar durante um certo tempo”.

O governo disse ainda que os sistemas de emergência farão o possível para que algumas emissoras restabeleçam sua transmissão em breve.

Uma fotografia publicada pelo Ministério do Interior mostrava a torre envolvida por uma espessa nuvem cinza. A estrutura principal continua de pé.

A torre de televisão fica no mesmo bairro do sítio de Babi Yar, um lugar onde os nazistas mataram mais de 30.000 judeus em dois dias, em 1941. Este local é um importante memorial.

“Esses bárbaros estão massacrando as vítimas da Shoah (Holocausto) pela segunda vez”, denunciou no Twitter o chefe da administração presidencial ucraniana, Andriï Iermak.

Fonte G1.

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