Viagem solo: vencendo o medo de estar só

Viagem

Acostumado a estar sempre com os amigos, o servidor público Eduardo Souto, de 27 anos, começou a perceber que a vontade de ficar cercado por quem ama estava impedindo que ele vivesse determinadas experiências.

O rapaz viu que havia se tornado dependente de companhias para tudo o que queria fazer. Deixava de conhecer restaurantes, de ver uma peça no teatro e de curtir a estreia de um filme no cinema toda vez que não conseguia alguém para acompanhá-lo.

“Isso começou a me incomodar quando vi que estava deixando meus desejos de lado. Deixava de viver experiências que eu queria muito por não ter alguém para ir junto. Isso passou a me fazer mal”, lembra. Tentando se libertar do que via como um problema, Eduardo tomou uma atitude drástica. Em vez de começar curtindo uma sessão de cinema sozinho, resolveu fazer um intercâmbio de um mês por conta própria. Assim, ele embarcou para Londres. Ainda aprendendo a língua, perdeu-se pela cidade, passou alguns “perrengues” com a alimentação e descobriu os prazeres de sair da própria bolha. “Era eu comigo mesmo, perdido, sem entender o mapa no celular e precisando encontrar uma solução, dependendo de mim mesmo”, conta. 

“Aprendi a sair da minha zona de conforto, entendi que se fosse esperar ficar com zero medo, fosse de viajar ou de pegar covid, eu não ia mais viver, pois o medo e o risco estão sempre ali!”

Eduardo Souto, de 27 anos, servidor público

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