Ainda no início da pandemia, em 2020, a startup de recrutamento de profissionais de tecnologia GeekHunter passou por desafios inéditos. A incerteza era tanta, que muitas empresas optaram por parar de contratar. A saída foi mudar de estratégia, investir em tecnologia e dar o componente de previsibilidade às contratações dos clientes. O resultado foi positivo: a empresa contornou o problema e fechou o ano com alto crescimento. Em 2021, triplicou a receita. Agora, a GeekHunter revela com exclusividade a PEGN um novo e importante passo: sua internacionalização.
A startup, que atende empresas como Amazon, B2W, Locaweb e IBM, se prepara para pousar nos Estados Unidos e no Canadá. A ideia é conectar profissionais brasileiros a empresas do exterior. Desde o último trimestre do ano passado, a GeekHunter tem rodado um piloto com clientes norte-americanos. A resposta foi tão positiva que a companhia decidiu acelerar a operação.
“Por muito tempo, estivemos totalmente focados no mercado nacional, que é bastante grande. Mas, na pandemia, com a queda das barreiras geográficas, passamos a olhar para o mundo inteiro de uma forma diferente”, conta a PEGN Tomás Ferrari, fundador e CEO da startup GeekHunter. “Estamos adaptando o nosso negócio para atender um mercado global.” A meta é que 30% de toda a receita de 2022 seja gerada por meio de clientes de fora do país. Para 2023, querem que o faturamento internacional supere o nacional.
Para isso, Ferrari conta que foi preciso adicionar novas funcionalidades à plataforma, como validação do nível de inglês dos profissionais. A empresa também montou um time remoto para ficar em contato com os parceiros nos Estados Unidos, visando o relacionamento com clientes norte-americanos e canadenses. “Estruturamos o negócio para atender essas empresas de uma forma realmente boa”, conta o empreendedor, adiantando que, apesar de o foco ser na América do Norte, nada os impede de trabalhar com companhias europeias em modelo piloto.https://b24400e65861a9c7f3220b16a2480bd5.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html
Outro passo da etapa de internacionalização é a abertura da plataforma para profissionais de outros países da América Latina. A ideia é transcender a aquisição de clientes no exterior, alcançando também os profissionais fora do Brasil. O foco inicial será Argentina, Colômbia e México. “São países que também contam com uma moeda enfraquecida frente ao dólar e com profissionais de excelência, prontos para atender este novo mercado”, diz Ferrari.
O CEO revela que a GeekHunter estuda também a possibilidade de uma nova rodada de investimento. O último aporte da companhia foi em 2019, no valor de R$ 2 milhões. “Estamos bem posicionados para acelerar o nosso crescimento, mas não é uma urgência dentro do negócio.”