O primeiro passo para a revitalização do Complexo Empresarial Terminal do Oeste Heitor Eduardo Laburu, antiga rodoviária de Campo Grande, foi dado em 2019, mas só em julho deste ano as obras de reforma serão iniciadas,14 anos depois da desativação do prédio, afirmou o titular da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), Rudi Fiorese, ao Correio do Estado.
Conforme o secretário, as obras ainda estão em processo licitatório. “Mas logo teremos uma empresa designada para realizar a requalificação do local, que já foi um dos prédios mais importantes de Campo Grande, é uma grande estrutura. Ainda não foram abertas as propostas de preços, isso ocorrerá nesta semana. O início das obras está previsto para julho”, informou Fiorese.
O valor máximo estimado para as obras é de R$ 19 milhões, para a recuperação das áreas públicas nos dois pisos do prédio, que somam 8.625,29 m².
Desativada em 2009, a estrutura tem se deteriorado com o tempo e o abandono, sendo ocupada atualmente por alguns comerciantes que estão no local há muitos anos, além de servir de abrigo para moradores em situação de rua, bem como para dependentes químicos.
“O projeto de requalificação dará vida para esse local, e segurança para que a população possa voltar a usufruir dessa área pública, buscando, por exemplo, o comércio do local, entre outras funcionalidades”, comentou o titular da Pasta.
PROMESSA
Mandato após mandato, o lugar sempre foi alvo de promessas inacabáveis de requalificação, até que, em 2019, a Prefeitura de Campo Grande, durante a gestão do ex-prefeito Marcos Trad (PSD), abriu a licitação para a contratação de empresa para desenvolver o projeto de revitalização do prédio.
A vencedora do certame foi a Restaura Arquitetura, que obteve a maior pontuação no processo e recebeu pouco mais de R$ 480 mil pela elaboração dos projetos básico, executivo e complementar da requalificação da área pública do terminal rodoviário.
Neste momento, o projeto está em fase licitatória para escolha da empresa que realizará as obras. No dia 9 deste mês foram habilitadas três empresas, informou o secretário da Sisep.
“Uma empresa foi inabilitada para estar à frente do projeto e três estão habilitadas, sendo elas NXS Engenharia Eireli, Salver Construtora e Incorporadora Ltda e Gomes e Azevedo Ltda EPP, uma delas executará o serviço”, esclareceu.
O projeto será financiado com recursos do programa Reviva Campo Grande,
que conta com montante de US$ 56 milhões, emprestados em 2018 pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
REQUALIFICAÇÃO
A Prefeitura de Campo Grande informou que o projeto contempla soluções viárias para garantir maior segurança no trânsito e vagas de estacionamento.
Na área pública localizada na Rua Joaquim Nabuco, está prevista a construção de uma edificação em dois pavimentos de 1.070 metros, que abrigará a Guarda Civil Metropolitana (GCM) e a Fundação Social do Trabalho de Campo Grande (Funsat).
O espaço da antiga plataforma externa será adaptado para se tornar um corredor de acesso à galeria e ao edifício público, transformado em um grande calçadão com jardins contemplativos.
A proposta arquitetônica prevê ainda a reabertura das duas claraboias do projeto original, que foram fechadas ao longo dos últimos anos, prejudicando a iluminação e a ventilação do prédio. Na reabertura dos vãos, serão feitos acessos ao pavimento superior.
A outra área pública, com 2.326,53 m², que margeia a Rua Vasconcelos Fernandes, antigo ponto de ônibus do transporte coletivo, será transformada em área de estacionamento no horário comercial. O piso será nivelado para se tornar um grande platô, espaço multiuso para eventos.
Em outra solução urbanística prevista para adequar o prédio às normas de acessibilidade, as calçadas no entorno serão alargadas e o estacionamento em 45 graus será retirado para inserção de jardins e de áreas de estar com rampas.
Estão previstas faixas elevadas de pedestres para controlar a velocidade dos veículos, o que vai aumentar a segurança de pedestres e de ciclistas.
A antiga rodoviária receberá uma fachada moderna, com jardins verticais, que, além do componente estético, vão melhorar o isolamento térmico, reduzindo o calor no verão e ajudando a manter a temperatura amena no inverno. A solução também vai reduzir gastos com energia elétrica, já que será necessário menos refrigeração.
SAIBA
A abertura das propostas de preços desenvolvidas pelas empresas interessadas em executar as obras de requalificação será nesta terça-feira.
Para a recuperação das áreas públicas que pertencem à Prefeitura de Campo Grande, é estimado um investimento de R$ 19 milhões nas obras dos dois pisos do prédio, que somam 8.625,29 m².
PMCG / REDAÇÃO