“Num cenário em que se sobrepõem mudanças sem precedentes nos últimos cem anos e a pandemia do século, o mundo depara com uma sucessão de desafios à segurança, a economia mundial engatinha na sua recuperação e o desenvolvimento global sofre retrocessos”, afirmou Jon Hongjun, encarregado de negócios da Embaixada da China no Brasil durante coletiva de imprensa virtual nesta terça-feira.
Ressaltando o papel do Brics na construção do mundo multipolar, o diplomata diz que a humanidade está diante de importantes escolhas “entre paz e guerra, crescimento e recessão, abertura e isolamento, cooperação e confronto, aumentam as expectativas dos mercados emergentes e dos países em desenvolvimento pelo fortalecimento mediante a união e pelo aprofundamento da cooperação”.
“É nesse momento crítico e conturbado da conjuntura internacional que a China volta a assumir a presidência do BRICS. Com o sólido apoio do Brasil e dos demais membros, realizaram-se neste ano mais de 90 conferências e eventos de diferentes esferas e sobre temas variados, como segurança política; economia, comércio e finanças; intercâmbio cultural e interpessoal; sustentabilidade e saúde pública, viabilizando importantes progressos na parceria dos BRICS em muitas frentes”.
A última cúpula do Brics realizada na semana passada sob a presidência da China é um novo marco na história do grupo. Para o diplomata, as “observações do presidente Xi Jinping terão impactos de longo alcance na evolução da ordem internacional, no melhoramento da governança global e no progresso comum de toda a humanidade. Esses impactos se resumem em quatro aspectos”.
Primeiro, “apresentar uma solução baseada na coesão para trazer a paz e a estabilidade ao mundo”. Segundo, “com foco no desenvolvimento, construir consensos para promover a sustentabilidade global”. Terceiro, “criar ímpetos focando na inovação para fomentar uma cooperação mutuamente benéfica e vantajosa” e quarto, “com espírito de abertura, potencializar a parceria dos países em desenvolvimento em busca de fortalecimento”.