A Associação de Moradores do bairro Coophavila II, em Campo Grande, recebeu mais uma edição da Sessão Comunitária, nesta quarta-feira (29). A realização do evento foi pedida pelo presidente da Associação, Ivanildo Soares da Silva, com o objetivo de aproximar a Câmara Municipal da comunidade local.
“É importante os moradores saberem como os vereadores fazem para representar a comunidade, representar o povo. Parabenizo os vereadores, pois nós, líderes comunitários, sabemos da dificuldade que tiveram para chegar onde chegaram. Hoje, temos demandas muito grandes, que já registramos”, disse o representante dos moradores.
Além de reparos em iluminação pública, asfalto, melhorias na saúde e mais opções de esporte e lazer, os moradores do bairro solicitaram sinalização do trânsito, já que a Avenida Gunter Hans foi palco de recentes acidentes, inclusive com mortes. Moradores levaram cartazes pedindo paz no trânsito da região.
“A Sessão Comunitária tem o objetivo trazer os vereadores para ouvirem suas demandas nas comunidades. Viemos aqui para somar. Os vereadores não têm o poder de fazer. Quem cuida e aplica o recurso é a Prefeitura, mas a Câmara tem a obrigação de vir e ouvir a comunidade. E a comunidade sabe exatamente onde há problemas, onde o poder público precisa atuar”, disse o presidente da Câmara, vereador Carlos Augusto Borges, o Carlão.
Diferentemente da sessão ordinária, na qual os vereadores apresentam projetos, discutem a aplicabilidade e votam leis para Campo Grande, a Sessão Comunitária tem como principal objetivo estreitar os laços entre a população e o poder legislativo.
O presidente da Federação das Associações de Moradores do Mato Grosso do Sul, Edson Maidana, agradeceu a iniciativa da Casa de Leis. “Vocês têm feito coisas que muitos não fizeram, e hoje temos oportunidade de termos voz e colocar nossas reivindicações. Hoje, os moradores do bairro podem ter um olho no olho com os vereadores”, ressaltou.
O presidente da Comunidade Organizadora em Defesa de Moradia nas Ocupações Irregulares, Famílias sem Moradia no MS, Valdo Pereira de Souza, lembrou que a Sessão Comunitária é um momento de proximidade dos vereadores com líderes comunitários e moradores.
“Aqui podemos pedir atenção dos vereadores aos problemas que afligem as comunidades. Parabenizo a Câmara. Esse é o verdadeiro papel do legislativo: cobrar, auxiliar e fiscalizar o Executivo, e isso tem acontecido muito bem em Campo Grande”, afirmou.
O Coophavila II é um dos principais bairros da região urbana do Lagoa, área localizada na saída para Sidrolândia e que conta com aproximadamente 140 mil moradores. A região é atendida por 10 escolas municipais, três estaduais, 15 escolas de educação infantil, cinco unidades de segurança e outras três de assistência social.
Apesar da estrutura, o presidente do Conselho Regional da Região Urbana do Lagoa, Cláudio Ferreira de Barros, relatou dificuldades para os moradores. “Temos muitas demandas e dificuldades de colocar em prática. A gestão, muitas vezes, não tem pernas para alcançar os bairros e reivindicações”, resumiu.
O professor de capoeira Mário Márcio Ribeiro, que dá aulas no bairro São Jorge da Lagoa, pediu mais segurança para a região. “Precisamos de policiamento, pois há muitos usuários de drogas e traficantes. A noite, as crianças não podem ir em um mercado. Isso é uma calamidade. Peço ajuda aos senhores”, cobrou.
Já a professora Lourdes de Oliveira, diretora da Escola Municipal Gonçalina Faustina de Oliveira, no bairro Tarumã, pediu melhorias na unidade de ensino. “Gostaria que os senhores olhassem com muito carinho. Temos problemas de infraestrutura na unidade escolar. Claro que muitos problemas já estão sendo resolvidos”, disse.
O presidente do Jardim Ouro Verde, Márcio do Carmo Vieira Lima, também apresentou demandas aos vereadores. “O clamor da comunidade é pelo asfalto. Devido às chuvas e à demora de fazer manutenção, ficam intransitáveis algumas ruas que não têm asfalto. Não tem como passar. Também precisamos de segurança, pois nosso bairro tem sido acometido por furtos e assaltos”, numerou.
Iris Nunes dos Santos, moradora do bairro Ouro Verde há 30 anos, tem uma conveniência e fez um pedido de socorro aos vereadores. “Nossa vila precisa de socorro. Nossa vila não tem asfalto, não tem segurança, iluminação e limpeza. Tive que parar de pedalar na avenida Lúdio Coelho, pois fui asfaltada duas vezes. Eu trabalho atrás das grades, não tenho como abrir as portas”, reclamou.
O presidente da Associação de Moradores da Vila Fernanda, Carlos Alberto Romeiro, pediu melhorias para a região do grande Caiobá. “A região está praticamente esquecida dentro das suas necessidades. Precisamos de grandes ações e intervenções do poder público para atender nossa região. Que vocês possam, juntos, nos ajudar nesse momento”, pediu.
Vereadores ouvem a comunidade
Os vereadores que marcaram presença na Associação de Moradores do bairro Coophavila colheram as reivindicações dos moradores. Elas serão, mais tarde, transformadas em indicações de melhorias ou até mesmo projetos de lei.
“Ouvimos tantas demandas e, às vezes, nos sentimos impotentes. Se cada um fizermos nossa parte, devagar vamos atender. Com certeza não vamos conseguir atender todas, mas o que for prioridade, o presidente da Casa e todos os vereadores vão se empenhar para minimizar os problemas e atender a população”, disse o vereador Clodoílson Pires.
Segundo o vereador Prof. André Luís, o papel do vereador é estar próximo e atender a população. “A Câmara é a casa do povo. O povo tem que acostumar a frequentar a Câmara. Você elegeu alguém, você tem que estar lá presente. Essas demandas que vocês trazem, recebemos todos os dias. Nosso papel é atender vocês”, disse.
Em sua fala, o vereador Dr. Victor Rocha destacou suas ações pela saúde, como a implantação Casa Rosa, e resumiu a importância de se levar a Câmara aos bairros. “Esse tipo de ação nos engrandece. Temos que estar perto, ouvir o clamor de vocês”, apontou.
Para o vereador Ayrton Araújo do PT, os vereadores têm o dever de servir à população. “A população precisa dar esse grito de socorro à Câmara, onde passam todas as situações complicadas de Campo Grande. É a nossa caixa de ressonância. Nós estamos lá para servir, e não sermos servidos. Estamos lá para atender os senhores e reivindicar melhorias”, disse.
O vereador Zé da Farmácia lembrou que os problemas nos bairros são muitos. “Essas demandas têm dificuldades para serem atendidas em tempo hábil. E ficam as cobranças. As cobranças de vocês são as mesmas dos vereadores. Temos passado para frente, mas infelizmente demora”, citou.
Para o vereador professor Juari, “tudo passa pela educação”. “A história nos mostra que os países que conseguiram se desenvolver foi investindo maciçamente em educação. Se você investir em educação, vai economizar na saúde, a segurança pública se faz presente. Mas, a cada dia que passo, vejo que, infelizmente, a educação não é prioridade”, lamentou.
O vereador João César Mattogrosso seguiu o mesmo raciocínio, mas frisou que as pessoas têm pressa e alguns problemas não podem esperar. “Se o Município, Estado e União não investem em educação, esses problemas serão maiores, dificultando sua resolução pelo poder público. Mas, não podemos aguardar. Temos que resolver esses problemas. Peço a compreensão e apoio dos vereadores para que, de forma unida, possamos solucionar, da melhor forma e no menor espaço de tempo, todos os problemas que foram apresentados aqui”, pediu.
Já a vereadora Camila Jara lembrou que os vereadores são representantes públicos mais próximos da população. “Essas iniciativas são fundamentais para que consigamos melhorar nosso trabalho. Se vocês não estivessem aqui passando essas demandas, provavelmente não conseguiríamos atender todos os anseios. Momentos como esses são fundamentais para que possamos estruturar melhor nosso trabalho”, analisou.
Também presente na sessão, o vereador Valdir Gomes afirmou “ter a obrigação de conhecer a região”. “Sou vereador de quatro mandatos. Aqui tem moradores com medo de sair na rua. Falta segurança, não tem médico. Já vim várias vezes aqui”, resumiu.
O vereador William Maksoud afirmou que tem percorrido a região para colher as reivindicações dos moradores. “É um momento de deixar registrado meu agradecimento. Sou presente nessa comunidade. Temos ouvido, colhido reivindicações. Quando se fala de assuntos comunitários, estamos próximos das lideranças. Essa participação é importante, não destruindo, mas debatendo e apresentando soluções. Vamos continuar trabalhando por Campo Grande”, garantiu.
Para o vereador Silvio Pitu, a Câmara está cada vez mais próxima da comunidade. “Temos representantes presentes. Quando a comunidade precisa ser ouvida, ela tem voz. A função do vereador é ir aos bairros e resolver os problemas”, destacou.
Já o vereador Júnior Coringa afirmou ter a obrigação de trabalhar pela região. “É uma região que precisa de representação, e estou aqui para isso. Peço, em nome do pessoal do Tarumã, o asfalto. Tenho obrigação de cobrar todos os dias o asfalto do Tarumã”, afirmou.
Por fim, o vereador Ronilço Guerreiro destacou a importância de se investir em cultura e educação para mudar o país. “Essa é minha luta, é nossa luta. Sempre estou aqui nas feiras do Coophavila II. Já entregamos vários livros nas feiras. Nosso mandato busca fazer de Campo Grande uma cidade de leitores. O Coophavilla II tem um povo que nos recebe muito bem. Peço a vocês: acreditem. Estamos atentos às reivindicações dos moradores”, finalizou.
Jeozadaque Garcia
Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal