Ao longo desta terça-feira (16), ação de acolhimento à população em situação de rua da região da antiga rodoviária é realizada pela Subsecretaria de Defesa dos Direitos Humanos (SDHU).
Com atendimentos voltados à recuperação e reinserção dessa população à sociedade, é oferecido o acesso a cursos profissionalizantes, visando uma nova entrada no mercado de trabalho e aquisição de renda. Conforme divulgado, busca-se principalmente, contribuir para a reconstrução social, financeira, familiar e comunitária.
Entre os números repassados à equipe do Correio do Estado, a SDHU informa que, somente em 2021, 920 famílias procuraram a subsecretaria para buscar a regularização de vaga para um usuário familiar.
Segundo os organizadores, a ação é realizada de forma conjunta por secretarias como a SDHU, pertencente à Secretaria Municipal de Assistência Social (SAS), bem como com a Defensoria Pública, a Secretaria Municipal de Saúde (SESAU), a Guarda Municipal, entre outras.
“É uma ação de abordagem a essas pessoas que estão em situação de rua no uso de droga na vulnerabilidade, ofertando os serviços que a prefeitura disponibiliza”, destaca o subsecretário de direitos humanos, Amadeu Borges.
Ele destaca, ainda, que entre os serviços oferecidos, há o encaminhamento dessas pessoas para os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). Aqueles que aceitaram o acolhimento são encaminhados para receber tratamento na comunidade terapêutica.
“Lá ele recebe um tratamento de desintoxicação, fica por volta de 12 meses fazendo cursos profissionalizantes como formação”, destaca Amadeu.
Segundo uma das organizadoras, que é pastora da igreja cedida para ação desta terça, além de ser diretora adjunta e subsecretária da SDHU, Bárbara Cristina Rodrigues de Mesquita, só em 2022 foram realizados 600 atendimentos à população de rua.
Os organizadores destacam, ainda, que é contabilizado o número de atendimentos e não de pessoas, pois existe dificuldade em ter um controle, levando em consideração que muitos não possuem documentação.
Revitalização da região
Há cerca de um mês, o Correio do Estado realizou reportagem questionando o que aconteceria com a população em situação de rua, que vive nos arredores da antiga rodoviária.
O local, que vai passar por revitalização, receberá reformas nas dependências pertencentes ao patrimônio público municipal.
Conforme divulgado pela prefeitura, serão alocadas atividades comerciais que, no passado, já foram intensas no mesmo prédio. Inclusive, a Guarda Municipal e a Fundação Social do Trabalho (Funsat) vão ser instaladas nas dependências da antiga rodoviária.
Logo, com a revitalização, está sendo prometido, pela prefeitura, a realização de atendimento psicossocial para que as pessoas não fiquem mais morando no local e possam ser reinseridas na sociedade.
Com relação a tal acolhimento em meio à revitalização, a equipe da SDHU destaca que a intenção do município é entregar para a sociedade uma área totalmente revitalizada.
“Não podemos tirá-las das contra a vontade delas, eles têm que aceitar essa oferta de serviço, que é o acolhimento com o tratamento”, destaca o subsecretário de direitos humanos.
Desse modo, ele pontua não ser possível prometer que todas as pessoas receberão o acolhimento, mas que esforços estão sendo mobilizados para tanto.
“Agora como a presença dessas pessoas aqui, só quando tiver pronto para nós termos uma ideia do que vai ser e se eles vão voltar pra cá, se não, se vão buscar outro lugar, mas nós, em parcerias com as secretarias municipais e outros órgãos das comunidades terapêuticas, estamos sempre incansavelmente fazendo a busca dessas pessoas para ofertar os serviços e tirá-los da rua”, explica.
Fonte CE.