A futura deputada estadual, Gleice Jane (PT), só assumirá o mandato após o dia 10 de abril. Nesta data, ela passará por uma nova avaliação médica, para saber se já poderá atuar, visto que no momento está de atestado médico.
Gleice assumirá a vaga deixada com o falecimento de Amarildo Cruz (PT), na sexta-feira passada. A convocação saiu na quarta-feira (22), mas ela tem 30 dias para se apresentar, com direito a pedido de mais 15 dias, se julgar necessário.
A futura deputada anunciou recentemente que foi diagnosticada com a síndrome de Guillain-Barré, uma doença onde o sistema imunológico passa a atacar os nervos que fazem parte do sistema nervoso periférico. O tratamento pode ser bastante longo.
Professora, ela começou a militância no movimento estudantil e aceitando desafios, segundo ela mesmo define, quando colocados como projeto coletivo. A política passou a fazer parte da vida de Gleice, militante no movimento de mulheres.
“Ser mulher no espaço da política não é tão fácil. É muito mais difícil do que para os homens. Desde o início da minha caminhada eu percebo isso. Para gente ser ouvida, as vezes a gente tem que falar mais alto. A gente tem que estudar muito mais, se dedicar muito mais. Esta é uma realidade política, mas também em todos espaços do trabalho onde as mulheres querem ocupar um lugar de poder, seja em uma empresa, seja em qualquer espaço. Então, é um desafio muito grande para nós, mulheres, estar nestes espaços de decisão. Agora é muito mais difícil para nós mulheres, que estamos na luta por outras mulheres”, afirma em rede social.
Na campanha para deputada, Gleice destacou a pouca representatividade feminina, lembrando que em 2018 nenhuma mulher havia sido eleita. “Como nós vamos ter políticas públicas para mulheres, pensada para mulheres, se a gente não ocupa esses espaços?”, indagou a professora, que já foi presidente do Sindicato de Professores de Dourados.
Gleice fez campanha defendendo a luta por mudança e igualdade entre as pessoas. “É por acreditar que o estado pode ser melhor, que em Mato Grosso do Sul é possível garantir igualdade para pessoas. Nós temos aqui uma população indígena, população negra, juventude, pessoas idosas que precisa também um estado que atenda a elas. Por pensar em igualdade das pessoas, que estou candidata a deputada estadual. Não estou sozinha. Eu estou junto com essas pessoas que acreditam nisso também. Estas pessoas que querem esta mudança estão neste projeto com a gente. Acho que a gente pode vencer, a gente pode mudar”, dizia durante a campanha.
CRÉDITO: SITE INVESTIGAMS