Após a divulgação dos primeiros resultados oficiais que apontam a vitória de Vladimir Putin em eleição presidencial na Rússia neste domingo (17), a Casa Branca, sede do governo dos EUA, disse que o pleito “obviamente não foi livre nem justo”.
Ao criticar o processo eleitoral, os Estados Unidos ressaltaram que “Vladimir Putin prendeu seus oponentes e impediu que outros concorressem contra ele”.
Putin venceu a eleição com 87,97% dos votos, de acordo com os primeiros resultados oficiais divulgados neste domingo. Com isso, o atual presidente se manterá no poder até 2030. Saiba como foi o pleito.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, também se manifestou sobre o resultado. Para o mandatário, não há legitimidade no processo — o qual ele chamou de “imitação de eleições”.
“É claro para todos no mundo que essa figura — como já aconteceu muitas vezes ao longo da história — está simplesmente doente pelo poder e está fazendo de tudo para governar para sempre”, afirmou. “Essa pessoa deveria ser julgada em Haia. É isso que temos de garantir.”
A afirmação de Zelensky ocorre em meio às ofensivas da Rússia contra a Ucrânia, em uma guerra que dura mais de dois anos e não tem perspectiva de acabar.
Ao mencionar julgamento em Haia, o presidente ucraniano se refere ao Tribunal Penal Internacional de Haia, que já chegou a pedir pela prisão de Putin por crimes de guerra.
Antes mesmo de saírem os primeiros resultados da eleição russa, o governo da Alemanha já havia chamado o processo de “pseudo-eleição” e afirmado que o pleito “não é livre e nem justo”.
“O governo de Putin é autoritário. Ele depende da censura, da repressão e da violência. As ‘eleições’ nos territórios ocupados da Ucrânia são nulas, sem efeito e outra violação do direito internacional”, escreveu o Ministério Exterior do país no X (antigo Twitter).
O Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido, por sua vez, afirmou que “ao realizar eleições ilegalmente em território ucraniano, a Rússia demonstra que não está interessada em encontrar um caminho para a paz”.
“O Reino Unido continuará a fornecer ajuda humanitária, econômica e militar aos ucranianos que defendem a sua democracia”, conclui a pasta, em publicação no X.