Campo Grande é responsável por quase metade do faturamento do setor de franchising em Mato Grosso do Sul. Enquanto o estado acumula R$ 3,10 bilhões de faturamento no ano de 2023, a Capital das Oportunidades agrega R$ 1,44 bilhão – ou seja, quase a metade de tudo que foi gerado.
Se falar dos números de franqueadas, Campo Grande acumula 1.258 operações do total das 2.740 unidades do Estado. Só de emprego direto são 10.861 pessoas trabalhando no setor. Mas muito mais do que trazer empresas para cá, a Capital tem potencial de ser franqueadora e levar seu nome e suas marcas para todo o país e até fora dele.
A diretora-executiva da ABF, Fabiana Estrela, diz que a lei de incentivos fiscais aprovada no fim do ano passado em Campo Grande, que reduziu a alíquota do ISS para empresas franqueadoras, de 5% para 2%, é um grande chamariz para esse ecossistema que traz pujança e desenvolvimento se instale em Campo Grande.
“Vocês têm aqui uma gestão que deu incentivo, e isso é muito além de um incentivo tributário. É ter uma visão pela ótica do empresário, que estimula o desenvolvimento econômico. Onde está a sede do franqueador está todo o time da franqueadora e esse time feito de lideranças que estão trabalhando a inteligência em abastecimento, em estoque, em produto, em marketing, em financeiro, então isso traz qualidade de empregabilidade para a cidade, de uma forma geral”, frisa Fabiana Estrela.
Para o secretário municipal de Inovação, Desenvolvimento Econômico e Agronegócio, Adelaido Vila, a análise está correta. Ele diz que a preocupação da gestão em melhorar a renda das empresas objetiva impactar, diretamente, na renda dos colaboradores.
“Precisa trazer investimentos e desenvolvimento, é só assim que as pessoas vão ganhar mais e ter uma qualidade de vida melhor, uma condição financeira melhor. O caminho das franquias é um caminho para todo empreendedor fazer algo certeiro, porque você tem todo um know how. Você entra para dentro de um sistema que tem acolhimento técnico e toda uma roteirização daquilo que você precisa fazer para dar certo. E a nossa lei vem incentivar que passamos a ser essa empresa que vende expertise”, afirma.
A prefeita Adriane Lopes lembra que a gestão municipal tem trabalhado como projeto prioritário – o desenvolvimento econômico. “Se as pessoas tiverem oportunidade, elas transformam a sua história, a sua vida. O Executivo buscou a Rota Bioceânica que passava nos extremos de Mato Grosso do Sul. A Capital estava fora deste processo de avanço, de crescimento e expansão e a Prefeitura buscou concernir Campo Grande à Rota Bioceânica. A administração se empenhou adquirindo novas parcerias com os países vizinhos e hoje estamos traçando esse caminho que engloba um mercado que chega a 180 milhões de pessoas (somando a população de todos os países da Rota)”, explica.
A Rota Bioceânica já é realidade, e Campo Grande está no centro dela. A expectativa, é que a iniciativa incentive as trocas comerciais com a redução de até 15 dias o período de transporte das cargas até a Ásia, gerando mais competitividade econômica para os empresários locais.