Bairros de Campo Grande podem receber bacias de contenção para barrar alagamentos

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O problema é rotineiro e revolta quem vive em bairros periféricos de Campo Grande: choveu, a rua é tomada por água e motoristas, pedestres e moradores precisam redobrar atenção para transitar no lamaçal e alagamento. Para tentar amenizar os problemas antigos, a prefeitura de Campo Grande estuda instalar bacias de contenção.

A Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos) está com estudo em andamento para implantar um sistema de drenagem especial para amenizar os impactos das chuvas no bairro Jardim Noroeste e em outras regiões da cidade.

Segundo o município, o modelo de intervenção já foi usado anos atrás na região do Shopping Campo Grande e resultou em melhoria nos episódios de alagamento. 

Moradores do Jardim Noroeste, como o Jornal Midiamax já mostrou, convivem com lamaçal e falta de infraestrutura de drenagem, resultando em crateras em diversas ruas do bairro, e há quem diga que se sente desamparado pela prefeitura. 

Situação do Noroeste

Para a prefeita, “a situação do Noroeste não é uma questão de abandono”. Segundo ela, a secretaria de obras está fiscalizando, acompanhando a situação e avançando em decisões para resolver o problema. As informações foram dadas ao Jornal Midiamax nesta quarta-feira (17), durante o lançamento da Campanha do Agasalho do FAC.

“O grande Noroeste tem um problema histórico que não é por conta das chuvas de agora. Lá necessita de obra de drenagem pesada porque aquela água do Noroeste vai para a Chácara dos Poderes. Estamos avaliando uma bacia de contenção e vamos avançar na pavimentação. Temos mil quilômetros de vias não pavimentadas (na cidade)”, afirma a prefeita. 

Apesar da situação naquele bairro ser complicada, Adriane não citou casos de outros bairros e regiões onde moradores precisam lidar diariamente com os mesmos problemas, como no Jardim ItatiaiaJardim Canguru, no Jardim Centro-Oeste e bairro Los Angeles.

Acompanhamento da situação

Apesar da quantidade de chuva registrada nos últimos dias, Adriane considera que Campo Grande está fora de risco de entrar em situação de emergência. “Estamos monitorando por meio da Defesa Civil. São 87 pontos monitorados e 15 de alagamento”, pontua.

Segundo ela, nesta quarta-feira (17) alguns pontos de alagamento foram visitados e outros locais onde o problema ocorria frequentemente também foram vistoriados. “Visitamos pontos onde era comum isso acontecer, mas não ocorreram por medidas já adotadas nessa gestão, como na região do Shopping Campo Grande”, detalha Adriane. 

“Limpamos os dutos e inauguramos a bacia de contenção, o que ajudou e agora não ocorrem mais os alagamentos que ocorriam. Vamos colocar como planejamento a construção de novas bacias”, afirma a prefeita a respeito de obras no córrego Reveilleau, na Avenida Mato Grosso com a Avenida Hiroshima.

No entanto, em outro ponto da cidade que também recebeu bacia de contenção no passado, na região do Shopping Campo Grande, alagamentos ainda são registrados. No início do ano passado, o canteiro da Av. Arquiteto Rubens Gil de Camilo, sentido Via Park, próximo ao Shopping Campo Grande, ficou alagado após chuva intensa.

Em outro caso, um motorista precisou ser resgatado de dentro do veículo na Rua Prof. Luís Alexandre de Oliveira, a continuação da Av. Nelly Martins. O alagamento tomou conta da via após o córrego Sóter transbordar e chegou até as mediações da Av. Afonso Pena.

Solução para os alagamentos

Citando o crescimento urbano, a gestora municipal destacou que a expansão da cidade gera reflexos e mudanças, como em regiões que antes não eram tão populosas, mas que atualmente contam com diversos bairros, gerando novas demandas.

“A solução é quebrar e fazer de novo, mas não é viável. Então a solução é a construção de bacias de contenção, experiência que já foi experimentada e a resposta foi positiva”, analisa, citando o exemplo do que foi implantado na região do Shopping Campo Grande.

Bacia de contenção de águas pluviais ou cheias, como são chamados, são reservatórios temporários para armazenar água da chuva e possuem dispositivo de escoamento de baixa vazão, diminuindo a vazão de água para a drenagem urbana em vias, por exemplo. *Matéria alterada às 8h15 para atualização de informação.

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