A aposentadoria é algo inexorável na vida de dos profissionais que atuam nas organizações sejam elas, públicas, privadas ou do terceiro setor, porém, infelizmente não se atribui a devida importância a este momento delicado de transição do colaborador, na sua condição de ativo para inativo, o que, via de regra pode causar problemas tanto em nível material quanto na questão comportamental, porquanto é uma mudança significativa de status.
Em algumas organizações já se tem uma estratégia de preparação do profissional no que concerne à sua aposentadores, são os “PPA”, Planos, ou Programas de Preparação para Aposentadoria, onde são apresentadas as condições e opções que o colaborador terá a partir do seu desligamento da organização em razão de sua aposentadoria.
Cada colaborador, conforme a sua história de vida, seus valores, suas crenças, reage de forma específica diante da necessidade da aposentadoria, é sempre um enigma a ser decifrado do que virá pela frente, como será o dia seguinte em que não irá mais ao trabalho, como será a ruptura de sua rotina? Enfim, são vários os questionamentos, gera uma sensação que se constitui em um misto de oportunidade de descanso, de sentimento do dever cumprido, da realização profissional e, ao mesmo tempo, um temor com relação ao futuro, a sensação de não se ter mais utilidade.
Importante também uma abordagem acerca do fenômeno do “etarismo”, tão comum nesta sociedade contemporânea, onde o idos é visto como sendo alguém fora de contexto no que se refere a sua capacidade laboral, sendo, via de regra, considerado ultrapassado, deixando, portanto, de considerar o quanto pode contribuir em função dos seus conhecimentos e experiência acumulados ao longo do tempo.
As organizações precisam estar atentas para esta etapa da vida do colaborador e se faz interessante incluir na sua agenda de gestão de pessoas a estruturação de um trabalho de preparação para a aposentadoria a ser oferecida aos seus colaboradores, no propósito de buscar otimizar a qualidade de vida e o bem-estar social destas pessoas que tanto fizeram a estas instituições e mesmo o que contribuíram à sociedade.
Marco Aurélio Barbosa D’Oliveira.