Dos três senadores de Mato Grosso do Sul, Nelsinho Trad (PSD) e Tereza Cristina (PP) votariam a favor do eventual pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Já a senadora Soraya Thronicke (Podemos), que chegou a propor a CPI da Toga no passado, ainda não se definiu publicamente.
O impeachment de um ministro do STF é de competência do Senado Federal. Para tirar um magistrado da suprema corte é preciso o apoio de 54 dos 81 senadores.
Na tarde desta segunda-feira, um grupo de bolsonaristas protocolou no Senado um abaixo-assinado contra o ministro Alexandre de Moraes por suposto crime de responsabilidade. O pedido foi entregue ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e é assinado por 150 congressistas e 1,4 milhão de cidadãos.
Senadores da oposição optaram por não assinar o documento, já que cabe unicamente ao Senado analisar pedidos de impeachment contra ministros do Supremo, mas manifestaram apoio ao pedido.
“A partir deste momento, começa a tramitar no âmbito Senado Federal o pedido de abertura de processo de impeachment contra um ministro do Supremo Tribunal Federal por crime de responsabilidade”, afirmou o senador Marcos Rogério (PL-RO), líder da oposição no Senado.
De acordo com o site Votos Senadores, que faz o placar da votação sobre o afastamento de Moraes, 34 senadores são favoráveis ao impeachment do ministro. Neste placar estão Nelsinho e Tereza Cristina.
Já outros 34 estão indecisos, grupo no qual o site coloca Soraya. A senadora do Podemos foi eleita na onda bolsonarista e com críticas ao STF. Ela chegou a fazer defesa apaixonada da CPI da Lava Toga, com o objetivo de investigar os ministros da suprema corte.
O site também publica a posição dos deputados federais, apesar do assunto não ser de competência da Câmara dos Deputados. Defendem o impeachment apenas os três bolsonaristas: Dr. Luiz Ovando (PP), Marcos Pollon e Rodolfo Nogueira, do PL.
São contra os deputados federais Camila Jara e Vander Loubet, do PT. Já os tucanos – Beto Pereira, Dagoberto Nogueira e Geraldo Resende – estão no grupo dos indefinidos.
Fonte: O jacaré