Bebê sequestrada no PR: antes do sequestro, suspeita abordou família alegando que criança era vítima de maus-tratos, diz secretário

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Antes de sequestrar Eloah Pietra Almeida dos Santos, de 1 ano e seis meses, a suspeita abordou a família alegando que recebeu uma denúncia de maus-tratos à bebê, segundo disse o secretário de segurança pública do Paraná, Hudson Teixeira, à RPC.

A menina foi levada na quinta-feira (23) pela suspeita, que se apresentou como agente de saúde, de acordo com a Polícia Militar. Relembre detalhes do caso abaixo.

Conforme o secretário, o pai e a mãe da criança não possuem antecedentes criminais.

“O perfil das vítimas não é característico de uma situação de sequestro. São pessoas humildes, pessoas trabalhadoras. Nem o pai, nem a mãe tem antecedentes criminais. Mas nós não descartamos nenhuma possibilidade”, afirma.

Os pais e tios da menina foram ouvidos no início desta sexta-feira (24), na sede do Tático Integrado de Grupos de Repressão Especial da Polícia Civil, em Curitiba.

Bebê é sequestrada por falsa agente de saúde em Curitiba — Foto: Reprodução

Bebê é sequestrada por falsa agente de saúde em Curitiba — Foto: Reprodução

As buscas pela criança continuam nesta sexta e Teixeira garante que todas as forças policiais do país foram mobilizadas. Segundo ele, a inteligência da Polícia Militar está verificando câmeras de segurança para encontrar Eloah.

O secretário não deu mais informações sobre o caso para não atrapalhar o andamento da investigação.

Pessoas que tiverem informações sobre o paradeiro da sequestradora e da vítima podem contatar a polícia, de forma anônima, pelos telefones 181, 190 ou 197.

O sequestro

Bebê foi levada da casa da família no bairro Parolin, em Curitiba — Foto: Arquivo Familiar

Bebê foi levada da casa da família no bairro Parolin, em Curitiba — Foto: Arquivo Familiar

O sequestro aconteceu no bairro Parolin. A suspeita do crime, segundo a família, vestia um avental e máscara sanitária. Ela chegou à casa da família por volta das 11h50 de quinta e se identificou como agente de saúde, de acordo com a mãe da bebê.

Conforme a polícia, a suspeita alegou que a mãe da criança, de 27 anos, precisava fazer um exame de sangue devido a uma denúncia.

Em entrevista à RPC, a avó da criança, Maria Isabel Alves dos Santos, disse que a sequestradora deu um líquido verde para a mãe da criança beber como preparação ao suposto exame. Em seguida, pediu que ela e a criança entrassem no carro.

Quando elas já estavam no veículo, a suposta agente pediu que a mãe prendesse a criança na cadeirinha.

No momento em que ela desceu do carro para arrumar a cadeirinha, a mulher acelerou, levando a criança e deixando a mãe para trás.

As forças policiais ainda não sabem a identidade da sequestradora. Ela levou a criança em um carro branco sem placas.

Eloah vestia uma roupa rosa e o veículo da suspeita é da marca Fiat.

O que diz a prefeitura

O prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel, disse ao g1 que está acompanhando o caso e reforçou que agentes comunitários e de endemias da Prefeitura estão sempre uniformizados de azul e portando crachá de identificação.

“É fundamental lembrar que esses profissionais nunca vão convidar ninguém para entrar em um carro. O atendimento acontece diretamente na casa do paciente ou é agendado para a unidade de saúde”, afirmou.

Em nota, a prefeitura declarou que não há registro de atendimento à Eloah pelo Conselho Tutelar da Regional Portão, que atende o bairro Parolin. Apenas a irmã da menina foi atendida pelo órgão em 2022, devido a faltas escolares.

De acordo com a Fundação de Ação Social (FAS), a mãe de Eloah recebe Bolsa Família e o Cartão Comida, do Governo do Estado. No entanto, também não há registro de atendimento à família pelo Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) Portão, que oferta serviço para pessoas que vivem alguma situação de vulnerabilidade e risco social, segundo a FAS.

Fonte: G1

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